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Em 1915, o jovem casal Ítalo e Hermínia Ferrari chegou ao Distrito de Salto Grande, na época um pequeno conglomerado de casas, uma farmácia e alguns estabelecimentos comerciais. O lugar era estratégico, funcionando como rota para o Porto de Tibiriçá e o norte do Paraná. Ítalo e Hermínia haviam deixado a sociedade com os irmãos em Ipaussu, numa pequena fábrica de cerveja com planos para iniciar uma nova vida.
Na avenida Jacinto Sá, montaram um pequeno bar, numa região tomada por casas e por pensões que abrigavam imigrantes que desembarcavam dos trens da Estrada de Ferro Sorocabana, uns para ficar em Ourinhos, outros para seguir para o Paraná. Em pouco tempo, o casal percebeu a oportunidade de abrir outro bar, agora na rua Paraná, até então um pequeno traçado que ligava o pátio da estação ferroviária até as margens do Rio Paranapanema, onde uma balsa transportava os passageiros cruzando a fronteira do estado de São Paulo. Surgiu então a oportunidade de abrir uma fábrica de refrigerantes, quem no começo era como na foto e depois em 1917 foi batizada de IVORAN.
Em 1917, um ano antes de Salto Grande se emancipar, tornando-se o município de Ourinhos, Ítalo e Hermínia fabricavam refrigerantes e uma cachaça que logo conquistou fama e consumidores na pequena região. Cada garrafa da cachaça era rotulada e embrulhada em papel celofane.
Em 1918, a cachaça começou a ficar mais conhecida como “Oncinha”, por causa de um caçador que todas as tardes aparecia com um filhote de onça num dos botecos da cidade para beber a cachaça produzida pelos Ferrari e era recebido com a exclamação: “Lá vem o homem da oncinha!”
A família continuou fabricando refrigerantes e fazendo sua distribuição pelo interior de São Paulo e do Paraná até meados de 1960, ano em que decidiu dedicar toda atenção para o mercado de cachaça, que começava a crescer e ser valorizado. Os Ferrari, então, passaram a produzir cana-de-açúcar em Ibirarema, cidade próxima a Ourinhos, e a homologar diversos engenhos da região para lhes fornecer a matéria-prima da cachaça.
A IVORAN diversifica sua linha de produtos.
Em 1958, os filhos de Ítalo e Hermínia – Nilo, Lino e Ivo – assumiram o complexo da então IVORAN S.A. e decidiram mudar a razão social da empresa para Caninha Oncinha Ltda. A iniciativa foi tão acertada que logo depois a produção de cachaça aumentou de 40 dúzias de garrafas por dia para 400 garrafas por hora.
Nildo Ferrari com 23 anos de idade, vendia os produtos Oncinha pessoalmente, equipado com carro de som e imagem propaganda da empresa, desbravando as regiões dos estados do Paraná e São Paulo. Nessa foto nos anos de 1967, em frente ao `Hotel das Cataratas´em Foz do Igaraçu-PR.
A partir de 1975, a cachaça começou a ganhar importância como bebida tipicamente nacional, perdendo o sentido pejorativo, graças a maciços investimentos dos produtores de cachaça na mídia.
No ínicio da década de 80 a empresa lançou outra marca de cachaça, a Teleco Teco, que rapidamente tornou-se sucesso.
A edição comemorativa de 28º anos da revista Playboy (editora abril) publicada em agosto de 2003, exibiu uma pesquisa feita entre as 28 melhores cachaças do Brasil. Na pesquisa, foram avaliadas características visuais, olfativas e gustativas de cada amostra por um time de "experts" no assunto. Como resultado a Cachaça Oncinha foi eleita a 2º melhor do Brasil na categoria "Aguardentes de Cana" (aquelas produzidas industrialmente). O resultado prova a competência, qualidade e força da indústria.
A empresa fez sucesso na Feira Internacional "Alimentaria", realizada em Portugal.
Instalada no mesmo local onde os pioneiros fundaram a pequena fábrica de refrigerantes, a Caninha Oncinha hoje ocupa uma área construída de 12.000m², armazena em seus reservatórios 28 milhões de litros de cachaça.